Quando fiquei sabendo sobre o lançamento de A Essência do Mal (Devil May Care, no original) me empolguei bastante, afinal, foi anunciando que seria uma continuação do último livro lançado por Ian Fleming.
Concebido como uma continuação para O Homem Com a Pistola de Ouro e não uma “continuação das continuações” feitas por outros romancistas, como John Gardner e Raymond Benson. Sebastian Faulks não só assina como Ian Fleming como tenta resgatar a escrita e o estilo de Fleming. Talvez, por ser uma história no formato das anteriores e com os mesmos elementos, não seja tão atrativa para os fãs mais novos ou os menos saudosistas, pois ela não apresenta nenhuma inovação se comparada aos 14 romances lançados pelo criador de James Bond, mantendo nosso herói no auge da Guerra Fria e a ascensão ao mundo das drogas (anos 60).
O romance busca os elementos sempre usados por Fleming: vilões com alguma deformidade, mulheres sedutoras, aliados (Leiter, Mathis… aliado é o que não falta) e Bond em uma missão suicida. Após três meses de licença muito bem aproveitadas, 007 é convocado por M para uma nova missão: investigar Julius Gorner, que é o vilão da vez. Um químico, traficante de drogas, que odeia a Inglaterra e tem uma mão parecida com a de um macaco. O plano é traficar drogas, ficar mais rico e acabar com o Reino Unido. A melhor passagem do vilão é, em minha opinião, o jogo de tênis com James Bond, que me fez lembrar o jogo de Golfe contra Goldfinger, Bacará (ou Poker como no filme) contra Le Chiffre, entre outras situações.
A bondgirl da vez é Scarllet Papava, uma mulher interessante e com muitos segredos (no final do livro algumas revelações são bem interessantes). Mesmo seguindo o estilo de Fleming, percebi que Faulks deu uma atenção melhor para o par romântico de Bond. Não vou falar sobre Larissa Rossi ou a Poppy para não estragar sua leitura. O livro é agradável, não é fantástico, chega até a ser uma justa homenagem lançada para comemorar o centenário de Fleming, mas o romance realmente é mediano. Superior a “Diamantes São Eternos” e “Cassino Royale”, mas muito inferior a “Viva e Deixe Morrer” e “A Serviço Secreto de Sua Majestade”.
Aconselho a lerem logo após os livros de Fleming, da forma como Faulks idealizou, pois mesmo não sendo perfeito é uma história interessante e realmente tenta dar sequência ao legado de onde Fleming parou.
Por: Giuzão Chagas
Eu gostei do livro, não é dos melhores mas vale o tempo gasto. Foi uma justa homenagem pra Fleming!!!
Um livro mto legal. Dá p/ notar perfeitamente o estilo Ian Fleming de escrever mas a estória tinha q ter mais, mto mais. Carte Blanche foi mto melhor, esse sim escrito no q há de mais autêntico universo Bond.
Quando li o livro, imaginava o Bond de Connery, apesar do cenário me lembrar a era Brosnan… Passei um momento agradável lendo o livro e acho que valeu a pena… É um livro que vale não só a pena ter na coleção, mas como também ler!!!!