James Bond voltou aos livros em 2013, desta vez pelas mãos de Willian Boyd (autor de outros livros, mas que não é muito conhecido no Brasil), escolhido pela Ian Fleming Publications para criar mais um capitulo na vida do espião mais famoso do mundo.
Em Solo, James Bond está comemorando seu quadragésimo quinto aniversário, entrando na fase em que todo homem fica na duvida se ainda pode agir feito um jovem ou se já deve começar a se preparar para a velhice. Enquanto vive com lembranças de sua época na 2ª Guerra Mundial (lembranças mal utilizadas no livro), começa a se adaptar á mudanças em sua vida, como a compra de um novo carro, sua nova governanta e nova secretária.
O livro começa de forma interessante, o autor não tenta dar sequência aos acontecimentos de O Homem Com a Pistola de Ouro, mostrando um James Bond experiente em todos os sentidos, buscando viver da melhor forma. A missão desta vez é se infiltrar como jornalista em uma guerra civil, conquistar a confiança do general de um dos lados envolvidos e acabar com a guerra em questão.
A guerra civil ocorre em um país fictício na África, envolvendo patriotismo, regionalismo e claro, Petróleo. Quando Bond é enviado para a missão o livro muda de ritmo e tenta mostrar um pouco dos problemas vividos pelos africanos, durante a passagem, além da missão, 007 é obrigado a enfrentar situações complicadas e inesperadas para concluir sua missão.
Uma destas situações causa um plot twist (reviravolta) na trama, obrigando James Bond á agir solo (sem autorização do governo Britânico) e entrar em uma caçada sem saber ao certo o que o esperava.
Se você gostou das obras anteriores a esta, saiba que Boyd não tentou escrever como Ian Fleming, porém manteve todos os elementos, desde a criação de personagens quanto narrativa. O respeito aos personagens já criados são nítidos durante a leitura, o cuidado com a relação entre Bond e M ou Bond e Leiter e Bond e May vão satisfazer muitos fãs de Fleming.
O que poderá incomodar alguns, como me incomodou, é a facilidade em que o autor troca o personagem de ambiente, a forma como resolve algumas situações e o modo como James Bond toma a decisão de sair em uma missão solo esbanjando dinheiro pela América.
O Bond de Boyd é claramente o Bond dos livros de Fleming, principalmente no quesito fisionomia, mas a personalidade vem com uma “pitada” de atualidade, porque acredito que o autor foi um pouco influenciado pela interpretação de Daniel Craig nos cinemas.
Para mim o livro foi agradável, uma historia de detetive estilo série dos anos 70, li sem pretensões. Não chega á ser excelente como Carte Blanche, mas é um pouco superior á Essência do Mal.
Por: Giuzão Chagas
Li o livro imaginand o Bond de Connery (não sei por que mas acho que já disse isso antes)… Um enredo que chega a te prender e até te lembra dos livros de Fleming. Ficava imaginando as cenas e quem seriam os atores que deveriam interpretar os personagens da trama, apesar de em alguns pontos eu achar a estória meio parada…. Um bom livro e vale o tempo gasto lendo….