A Pixar Animation Studios já conquistou seu lugar ao sol, entregando para o público excelentes animações originais e inventivas: Vida de Insetos, Toy Story, Monstros S.A, Os Incríveis, Wall-E, Up – Altas Aventuras, Ratatouille, Divertidamente e Procurando Nemo, por exemplo.
Procurando Dory, porém, se encaixa no patamar das continuações genéricas e triviais como Carros 2 e Universidade Monstros. O longa, que tinha a promessa de ser uma sequência no nível Toy Story 2, acaba sendo apenas um filme que compensa pela nostalgia de seus antigos personagens (alguns) e da apresentação de alguns novos (mais interessantes que os protagonistas, por sinal).
Um ano depois da história original, Dory vive no mesmo recife que os peixes-palhaço Marlin e Nemo, onde tem uma vida tranquila mesmo com seu problema de memória. Quando ela acompanha Nemo em um passeio escolar para ver a migração das mantas, Dory sente falta de saber quem é sua família. Então os três seguem mar afora em busca de seus pais.
Apesar de se sustentar por uma trama simples de “volta ao lar”, o ponto mais forte é a diversão. Se há uma coisa em que a Pixar não falha é nos seus personagens. Desde um molusco com medo do mar a uma baleia míope, são momentos de interação e humor entre cada personagem marinho que deixa o espectador com um sorriso no rosto em diversos momentos.
Os diálogos e situações para fazer rir estão presentes e é notável o nosso sentimento de aproximação com os medos e as alegrias dos personagens, independentemente se são animais ou não. O ponto alto das animações da Disney é sempre aproximar o público de seus heróis, por mais diferentes que eles sejam de nós. Por esse lado, Procurando Dory é extremamente competente.
Diferente do primeiro filme, que apresenta ameaças do fundo mar e do próprio ser humano, nessa continuação não há nenhum momento em que os personagens corram perigo de fato, ou que se envolvem em uma situação que realmente seja comovente ou emocionante (coisa que Pixar é mestre em fazer – arrancar lágrimas do espectador).
Dirigido por Andrew Stanton e roteirizado por Andrew Stanton e Victoria Strouse a nova aventura funciona mais como uma nostalgia revisitando personagens queridos e carismáticos do que como uma nova história do universo aquático da Disney. Longe do nível do primeiro filme, ainda assim o entretenimento é garantido. Mas é inevitável considerar a ideia de que algumas obras devem ser únicas. Talvez uma reexibição do primeiro filme fosse mais pertinente do que uma continuação que pouco acrescenta além de personagens fofos e engraçados.
Nota: A animação se tornou a maior estreia para uma animação em todos os tempos.
Agradecimentos a Disney pelo convite.
Por Luís Vinícius Melione
Meli, parabéns pelo texto. Mas sou mto tradicional, Disney é outra coisa (Mickey, princesas e os filmes c/ Dick Van Dyke e aquela trilha característica dos irmãos Sherman) mas ao mesmo tempo reconheço q raras vezes a Pixar acerta a mão como em Carros (principalmente o 2 q tem o Finn Mac Missil (o Aston Martin) ) e Frozen q resgatou e modernizou sem tirar a essência da princesa Disney e do conto de fadas. E o traçado da Pixar ñ me agrada, ñ tem cara de desenho mas isso é coisa de quem tem saudade da magia ciada por Walt Disney, meu primeiro gde ídolo de Hollywood antes de qquer outro.