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A Review To a Kill – Logan

Há duas semanas em cartaz, o terceiro filme solo de Wolverine. Logan continua arrebentando nas bilheterias e é o mais comentado da internet. Mas por que será que o filme deu tão certo? Por que a crítica é praticamente unânime em relação ao longa?

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Resolvi escrever esse texto agora para poder comentar detalhes sobre esse filme que acabou virando um grande evento. Portanto, se você ainda não assistiu Logan, pare de ler agora e vá ao cinema conferir e depois volte, pois esse texto contém MUITOS SPOILERS!

Começo dizendo que Logan é um filme COM um super-herói e 017931não um filme DE super-herói, o que não desmerece em nada a produção. Muito pelo contrário. O tom depressivo e sujo (o deserto não está lá por acaso) contribui demais para uma experiência inesquecível, porém nada agradável aos olhos de um entusiasta dos filmes de super-seres. Opa, calma! Nem de longe o filme é desagradável! Apenas a abordagem é diferente, mostrando o lado difícil de ser um super-herói. E por que não dizer o quanto é difícil fazer o certo? Pensaram nos dias de hoje enquanto liam essa frase? Pois é, o filme é extremamente feliz ao traçar um paralelo com o mundo em que vivemos.

Exemplificando com o filme, vamos à cena em que Logan, Professor Xavier e Laura estão em fuga pela estrada e encontram uma família que precisa de ajuda. Logan diz que “alguém aparecerá” para ajudar, mas Xavier sabiamente diz: “Já chegou”.

Quantas vezes, diante de uma situação similar, já pensamos dessa maneira? Alguém vai ajudar, não se preocupe, uma hora alguém aparece… A cena mostra o quanto cruzamos os braços ou fingimos não enxergar o problema do próximo. Mais didático e super-heroico do que isso impossível!

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Muito se comenta sobre a violência do filme e ela não está lá gratuitamente, apenas para deixar o filme com censura 18 anos. Não, ela agrega ao filme e ao drama do personagem central. Podemos vibrar ao ver, finalmente, o Wolverine do cinema decepando cabeças e membros, mas ao mesmo tempo sentimos o quanto esse mutante está cansado, debilitado, decrépito até. A violência suja combina perfeitamente com o cenário de boa parte do filme, o deserto; dando ares de clássicos Western.

Mas não falemos mais de detalhes técnicos, vamos ao que interessa: sentimento, sensações, tudo o que filme traz de maneira intensa. É impressionante como a trama faz você se importar com todos os personagens, não apenas os que você conhece de longa data. Como a família que Logan e Xavier ajudam, por exemplo. Aqui temos uma cena de jantar em que se tem a sensação de estarmos junto dos personagens sentados à mesa, em um clima tão agradável, tão gostoso, que quase pedimos para que o filme acabe aí.

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Então temos uma cena que é uma verdadeira experiência, onde estamos tão confusos quanto os personagens, atacados por um clone ciborgue de Logan mais jovem. Professor Xavier morto, a família inteira é brutalmente assassinada, Logan enfrenta seu passado. O cinema todo fica embasbacado com a cena, afinal, o que acontece? É apenas um sonho?
Esse é o grande ponto de virada do filme e percebi, na segunda vez que assisti, que as pessoas literalmente murcham em suas cadeiras após a morte do professor. E é uma morte muito diferente da que presenciamos em X-Men: O Confronto Final (2006), sem ser grandiosa. Até nisso o filme é pessimista e judia dos espectadores; os personagens não têm um final digno de toda sua grandeza.

O filme é muito profundo e sutil em suas metáforas: temos Logan doente por conta do Adamantium dentro de seu corpo, ou seja, ele está morrendo de dentro pra fora. Um homem que carrega dores e culpa por seu passado. E entendemos que ele é um mutante que veio para sofrer, se sacrificar, morrendo, no fim, pelas mãos de seu clone, ou seja, por seu passado.

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Para não dizer que a produção é totalmente sem esperança, as crianças mutantes no final (que está super aberto para continuações) atravessam a fronteira e vão para um lugar onde, muito provavelmente, possam ser acolhidas, quem sabe, por um novo tutor para a formação de uma nova equipe mutante. Pois é, quem sabe? Agora, tudo o que temos, é o túmulo de Logan com um “X” na lápide.

Logan é um filmaço, definitivamente!

Nossa homenagem ao trabalho de Hugh Jackman coimo Wolverine e a todas as produções cinematográficas com os X-Men começa aqui: BondcastOFF 0025 – Bem-vindo à Academia Mutante

Por: Thiago Ubaldo

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One Comment

  1. filme magnifico e sem sobra de dúvida despedida incrivelmente boa para jackman. valeu cada centavo do meu ingresso e duvdo que perca o título de melhor filme de superheroi do ano.

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