Após sucessos questionáveis, opiniões diversas e muitas críticas negativas, o inicio do universo cinematográfico unificado da DC Comics deixou no ar várias dúvidas: Será possível agradar os fãs e o público que não lê quadrinhos assim como a Marvel? Personagens de tanto sucesso e tão conhecidos voltariam a agradar ao público exigente que se acostumou com a formula da concorrente?
Foram três produções que antecederam Mulher Maravilha (2017), uma produção que se iniciou em volta de críticas, principalmente após escolha de Gal Gadot, ex-miss, ex-recruta do exército israelense, ex-modelo e ex-estudante de Direito, para o papel principal. As críticas a escolha foram rapidamente respondidas com uma excelente participação da heroína em Batman vs Superman: A origem da justiça (2016), considerado por muitos a melhor parte deste filme.
Com as esperanças revigoradas, mesmo após o questionável sucesso de Esquadrão Suicida (2016), Mulher Maravilha empolgava a cada imagem divulgada, e cada notícia divulgada. A escolha de Patty Jenkins para direção, com poucas produções no currículo, mas com sucessos como Monster: Desejo Assassino (2003), Geoff Johns, um dos nomes mais importantes da DC nos roteiros e Chris Pine como Steve Trevor reforçaram a confiança para o que estava por vir.
A Mulher Maravilha foi criada em 1941 criado por um psicólogo americano chamado Willian Moulton Marston, apesar de questionável e polêmico, era conhecido como um feminista e defensor do valor igualitário da mulher na sociedade e possuía duas companheiras, sua esposa Elizabeth e Olive Byrne, ambas serviram como influência e de certa forma participaram da criação da maior heroína dos quadrinhos.
Diana de Themyscira, passou por diversas transformações durante seus 75 anos de vida, ganhou uma versão live action nos anos 70 em uma famosa série com Lynda Carter no papel principal. Em 2011 com a reformulação do universo DC nomeado de os novos 52, deixou de ser uma criatura esculpida no barro pela rainha das Amazonas, Hypolita, que ganhou vida por Zeus para ser filha do próprio deus do trovão, versão utilizada como base para seu primeiro longa metragem.
O filme segue-se bem fiel as fases atuais, mostrando Diana como uma guerreira diferenciada das demais habitantes da ilha e com uma grande responsabilidade. As amazonas são retratadas de forma convincente, como um povo guerreiro e devotado ao combate. A chegada dos homens e da guerra, que nos quadrinhos era a Segunda grande guerra, porém para não haver comparações ao filme do Capitão América, de forma inteligente o cenário passa a ser a Primeira grande guerra, algo que ocorre de maneira simples e convincente.
A forma ingênua e romanceada de como Diana vê o mundo e a guerra, mostram o quanto as amazonas ficaram presas no tempo sem acompanhar a evolução dos homens, ainda enxergando tudo como na época dos grandes contos da mitologia grega. Um ponto positivo da história é que não houve necessidade de sexualizar a heroína ou as demais guerreiras, e de forma sutil mostra a homossexualidade das amazonas e o envolvimento entre Diana e Steve. Esta decisão enriquece a produção, pois a discussão aqui não é opção sexual ou mulheres seminuas e sim a mensagem trazida pela heroína, de que o mundo não precisa de guerras.
Uma produção simples, sem inventar ou forçar situações, fazendo me sentir da mesma forma como me sentia quando garoto assistindo Superman o filme: acreditando nos heróis e torcendo para o final feliz. História fechada e focada no senso de justiça e humanidade de seus personagens principais. Em Diana vemos a maravilha que faz jus a sua alcunha heroica, em Steve vemos a busca pela vida acima de tudo. Um filme apaixonante, vibrante e que resgata aquilo que os heróis da DC sempre trouxeram de melhor: ESPERANÇA.
Não se preocupe com clichês, com qual editora é melhor ou quem copia de quem. Se preocupe em se entreter com boas histórias ou em apenas curtir mais um filme em que o bem triunfa, e isto anda faltando por aí.
Por: Giuzão Chagas
Uhuuu!! Mto bem escrito. Doida pra assistir
só uma coisa pra dizer : filmaço!!!!!!!!!
Porra Giuzão, que review foda!!!!!!!
O filme foi tudo isso mesmo, parabéns à DC por ter acertado a mão nesse filme, principalmente depois da derrota que foi Esquadrão Suicida, espero que os próximos sejam tão bons quanto, e ele me acertou em cheio porque além de mitologia grega, foi um filme muito bem roteirizado.
A Gal Gadot foi um show à parte. Quem não se lembra dela em Velozes e Furiosos, a partir, se eu não me engano, do 3? Ela é foda, atua pra caralho e deu vida a uma Diana simplesmente foda.
Abraço!!!