A Review To a Kill – SPECTRE, eu gostei.

Não considero meu texto uma critica, mas sim um relato de um fã, alguém que há muito não se divertia tanto com um filme de um dos seus personagens favoritos, a opinião de quem perde no mínimo uma semana de cada mês se preparando para um podcast sobre o personagem e que não têm nenhuma formação que o habilite para ser critico de cinema.

007 contra SPECTRE chegou em uma noite muito agradável , posso dizer que fomos premiados com um filme muito divertido que, mesmo com falhas, conseguiu ser tão excelente quanto seu antecessor, mesmo que 007 Operação Skyfall seja superior em diversos aspectos, é no filme deste ano que encontrei Daniel Craig mais Bond do que nunca, porém tão Craig quanto os anteriores.

Quem escuta o Bondcast sabe o quanto reclamamos da insistência em mostrar motivações pessoais e o lado vingativo e rebelde de James Bond, e novamente isto ocorreu, menos infantil e bobo, mas ocorreu. Outro ponto que me incomodou foi ver a vibe do cinema em ter que dar origem para vilão, tentar explicar sua maldade ou amarrar seu “nascimento” ao do herói, não sei quando isto começou, mas praticamente vi as falas do Coringa do filme Batman de Tim Burton: “você me criou”, sendo falado por Blofeld (sim, ele mesmo). O final também me desagradou um pouco, um Bond tão implacável como o de Craig jamais deixaria um vilão como este vivo ao final, o que me levou a fazer uma brincadeira chamando de Casino Royale com final feliz.

Apesar dos pesares, o que assisti foi um filme de Bond (formato próximo ao clássico) finalmente atualizado para o século 21, da mesmo forma que vejo 007 o Amanhã Nunca Morre como a legítima atualização de um filme de Bond para os anos 90. Cenas de ação empolgantes, as famosas bondnices (depois de bondmaniaco este é mais um termo “plantado” em nossos podcasts), interação com personagens clássicos, um Daniel Craig ainda mais solto no papel, e aquilo que espero de James Bond, um cara que comete loucuras para salvar o mundo, com doses de ironia e raspas de humor e que fica com a mocinha no final.

Sam Mendes e os roteiristas estão de parabéns, mesmo tendo tirado o status Bond pé no chão e realista da era Craig e tendo aplicado o efeito “vamos amarrar toda a história”, ele conseguiu entregar dois excelentes filmes que fizeram até quem reclamava abrir um sorrisinho. O final ficou aberto, não como uma mensagem para um retorno ou não do personagem, mas sim do próprio ator, que com certeza retornará para um provável ultimo filme.

Conforme disse no inicio, não sou critico e pouco me importo para a critica e sites especializados, como fã e podcaster eu digo que novamente foi o filme que mais me diverti e que menos incomodou no cinema, talvez por ter entrado esperando menos, não sei afirmar, mas me diverti muito e isto não ocorria desde 007 O Mundo Não é o Bastante.

Valeu a espera, nota 9.

Por: Giuzão Chagas

Bondcast