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A Review To a Kill – De volta à selva

O famoso personagem Tarzan, criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs em 1912, já foi adaptado mais de cem vezes para o cinema. A primeira vez que o personagem deu as caras na telona foi em 1918 – Tarzan, O homem Macaco, porém a fama veio após o Johnny Weissmuller interpretar o “homem da selva” por doze filmes entre 1930 e 1940. Após vários atores, filmes, desenho e até uma série de TV, não tinha como Tarzan não se tornar um ícone popular.

BCB_Banner_TARZANNessa nova versão, dirigida por David Yates, a história é contada após alguns anos desde que o homem conhecido como Tarzan deixou as selvas da África para levar uma vida burguesa como John Clayton III, Lorde Greystoke, com sua amada esposa, Jane. Porém, ele é convidado a voltar ao Congo para servir como um adido comercial do Parlamento, sem saber que na verdade ele é uma peça usada em uma ação de ganância e vingança, organizada pelo belga Capitão Leon Rom.

O ator sueco Alexander Skarsgård é o protagonista dessa nova aventura, que mostrou ser uma boa escolha para o papel. Fazendo um Tarzan mais melancólico (quase sempre com um olhar triste), Skarsgård demonstra bastante à imponência e a virilidade de que a personagem precisa. Se não fossem os momentos de exagero digital em que Tarzan salta pela floresta, essa nova versão seria uma das mais convincentes retratações de um homem que cresceu junto com gorilas em um ambiente hostil.

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Jane, a mulher de Tarzan, interpretada por Margot Robbie é um dos melhores acertos do filme. Mostrando-se uma mulher forte, sem medos e com uma simpatia única, as sequências em que vemos sua performance são as mais belas do longa, mas Samuel L. Jackson não fica para trás; dando o tom de humor que o filme necessita, seu personagem, George Washington Williams, é o melhor “parceiro” que Tarzan poderia ter. Os momentos de interação entre Skarsgård e Jackson garantem boas risadas e sorrisos durante a projeção.

Sem um grande enfoque, o roteiro de Adam Cozad e Craig Brewer não apresenta muito além do que uma busca na selva pela donzela em perigo, com direito a dois vilões – um mal aproveitado (Djimon Hounsou), e outro aparentemente interessante, mas que acaba caído na simplicidade do antagonista que “só fala mas não faz nada” (Christoph Waltz). Por mais que ambos os atores estejam muito bem, má utilização de seus personagens prejudica o filme.

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A fotografia de Henry Braham funciona muito bem durante as cenas em Londres, com tons escuros e cinzas, mostrando a vida trivial da sociedade, enquanto na África é tudo mais vivo e claro, com cores fortes. Essa diferença funciona para nos imergir do mundo de Tarzan, onde povos do Congo e animais selvagens representam a verdadeira liberdade do homem. A trilha sonora é composta por Rupert Gregson-Williams; funciona muito bem nas horas de ação e de emoção. O que não consegue acompanhar a boa trilha nas sequências de aventura é a edição. O ritmo rápido mais atrapalha do que ajuda nas cenas cheias de elementos digitais.

Mesmo com uma história que não sabe muito bem aonde quer chegar, A Lenda de Tarzan oferece bons momentos de aventura pela selva Africana. A nova história do “homem macaco” é um prato cheio para quem se interessa por ação, momentos em câmera lenta e muitos efeitos digitais.

Por: Luís Vinícius Melione

Bondcast

3 Comments

  1. Curto demais os filmes de Tarzan (tenho vários) mas ainda não assisti esse. Pelos trailers parece que é um bom filme mas o jeito é esperar sair em BD pra poder assistir…. Mas de toda a forma, será mais um belo filme pra minha coleção…hehehe

  2. Gostei da matéria. Infelizmente não pude ver no cinema mas o bluray do filme ja está garantido na minha coleção

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